quarta-feira, 5 de março de 2014

CARNAVAL EM CHAPADINHA

Show de Ivandro Coêlho- fonte: blog do William Fernandes
E o carnaval? Confesso que pouco saí para aproveitar a festa na rua. A idade diminuiu meu ímpeto para a folia e costumo aproveitar o carnaval na companhia de amigos, um bom papo e um churrasco regado a cerveja.

Mesmo assim, ainda prestigiei o evento na praça na noite de sexta-feira, quando cantou meu amigo Ivandro Coêlho. Antes de iniciar o show, tive a oportunidade de conversar com integrantes da banda e descobri entre elas, tocando guitarras e atabaques, pessoas humildes da nossa cidade. Anônimos a maior parte do tempo, tornaram-se astros no carnaval. Isso sim, é a democratização da folia, não aquele carnaval enlatado da Bahia, que há muito deixou de ser popular pelo valor astronômico de suas bandas.

Essa turma local animou a praça e não deixou nada a dever aos grupos maiores. Soube que a cantora Cecília Barros também empolgou a multidão. Em outra incursão, saí no “Bloco dos Quiabos”, idealizado por Herbert Lago e composto por artistas locais, dentre eles, os amigos Renardo Almeida e Casagrande. Achei tudo muito contagiante e soube do restante dos dias pelo depoimento de familiares e pessoas que participaram da festa.

Ao ler algumas notícias vinculadas por blogs políticos, tive a impressão que falavam de outro carnaval. Para eles, nada prestou e ninguém foi às ruas. Será? Será que a multidão que foi à praça do povo estava lá para protestar? As fotos tiradas do local foram manipuladas? Os depoimentos foram comprados? 

Quando vejo a foto de uma praça lotada com milhares de pessoas assistindo a um show e leio o depoimento de alguém que é ressentido com a prefeitura dizendo que tudo foi ruim, em quem devo acreditar? E você, que esteve na praça, em quem acreditará?

A verdade é que tudo é politizado na cidade e a turminha que festejava com dinheiro público nos governos anteriores sempre vai reclamar. Se a prefeitura contratasse Chiclete com Banana, diriam que era um absurdo se gastar tanto com uma banda e que deveria valorizar os artistas locais. Se prestigia os artistas locais e contrata bandas mais modestas, dizem que é muita mesquinharia e que o melhor seria contratar Chiclete com Banana. Quem vai entender?

E são sempre as mesmas figuras a reclamar. Tudo é tão artificial, repetitivo e exaustivo que tornaram-se chatos e enfadonhos. Se queima uma lâmpada, a notícia é que a cidade está no escuro. Se falta uma vacina, a notícia é que estamos às portas de uma epidemia. Depois de uma ou outra matéria de cunho escandaloso, uma legião de ressentidos que perdeu as benesses do poder e outra que são financiados pelos anteriores, tenta convencer a população de que o que falam é a mais pura realidade.

Como diria Olavo de Carvalho: “a canalhice é a ciência mais avançada do mundo atual e seu resultado é a multiplicação de idiotas que jamais se dão conta de sê-lo”, e que “os pequenos canalhas se aproveitam da idiotice pronta, os grandes a fabricam”. Para não pertencermos a esse grupo de canalhas e idiotas devemos enxergam além da manipulação que nos é oferecida mastigadinha. Uma pequena olhada na foto da praça do povo no carnaval já seria um bom começo.

Se o carnaval não teve trios monumentais com cordão de isolamento e abadás caríssimos, isso não é culpa da prefeita. Cabe à prefeitura fazer um carnaval democrático e acessível a todos –pobres e ricos- E isso aconteceu! Se não esteve à altura dos elogios de uma oposição que costumava fazer folia com dinheiro público, melhor ainda!
                                                                                                                              
Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)



Ivo Brown - fonte: Adorildo Japa




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