Cenário: Chapadinha, depois das eleições municipais. Casa do coronel. Uma agradável conversa estava em andamento entre o coronel bipolar, um deputado de Pernambuco, o Bonequinho da Câmara, um advogado agraciado com licitações e mais dois indivíduos de terceira via.
O coronel, feliz e radiante (a medicação surpreendentemente havia funcionado naquele dia) fazia planos para o futuro da Chapada.
- Magno morreu politicamente. A oposição está acéfala. É necessária a formação de um novo grupo. Nós vamos ocupar esse espaço e no futuro...
Subitamente, o deputado arretado interrompe.
Subitamente, o deputado arretado interrompe.
- Rapaz, tu ainda tem coragem de falar em política depois do vexame de 2008? Vai cortar bucho de gente, que é disso que tu entende.
O coronel olhou ao redor, sentiu o desconforto na sala. O Bonequinho da Câmara pensou em se esconder debaixo da mesa e fingir que não havia escutado nada. O coronel, com um misto de vergonha e constrangimento, retomou a palavra.
- Respeite ao menos a presença dos meus partidários nessa reunião.
Olhando para o coronel, o deputado bateu na mesa e em tom despachado, falou:
- Respeitar por quê? Eu tenho mandato, sou dez vezes mais rico que você e ainda namoro sem o comprimido azul...
O silêncio gritou dentro da sala
Moral da história: Nunca convide um deputado experiente, rico e viril para ouvir conversa pra boi dormir na presença dos seus amigos.
Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)
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