segunda-feira, 25 de março de 2013

A FANTASIA DO BRAGA

No dia da diplomação, o Dr. Cristiano Simas fez um belíssimo discurso em que dizia que Chapadinha precisava de homens públicos, e não de homens que vivam do dinheiro público, pois estes seriam parasitas da sociedade. Aquelas palavras devem ter caído como pedra na cabeça de Eduardo Braga, pois este sempre dependeu de política, e, não fosse o diploma de vereador, ainda dependeria da mesada da família.

Deixando de lado a completa falta de qualificação profissional do vereador, vejam quanta incoerência: hoje mantém críticas exacerbadas ao novo governo, principalmente na área da educação. Eduardo Braga foi ferrenho defensor do não pagamento do abono salarial para os professores (veja aqui) e ainda justificou as artimanhas e desmandos de Danúbia no mandato anterior, onde sua companheira, Enir Lima, era secretária de educação. 

O vereador que por várias vezes flertou com o governo antes da votação da presidência da Câmara com seu estilo mascarado, ameaçou fazer uma CPI sobre compra de votos na Casa do Povo. Observem como tudo é encenação: Lívia Saraiva disse que apoiaria a tal CPI e disponibilizaria os extratos bancários (seus e meus) para que todos pudessem averiguar se houve alguma movimentação estranha na conta nos meses que antecederam e sucederam a votação. 

Dito isto, o desconforto do vereador foi visível. A cadeira que sentava parecia forrada com urtiga. O falastrão ficou vesgo de medo. Desconversou sobre a CPI e enterrou o assunto. Qual teria sido o motivo desse nervosismo? Teria a “quintessência da honestidade” algo a esconder nas suas contas ou na de sua companheira, Enir Lima? Ambos, secretários de Danúbia? 

Para quem não lembra, sua passagem pela Secretaria de Assistência Social foi cheia de baixos e mais baixos. Confessou em rede social que não tinha autonomia pela secretaria, mas assinou uma prestação de contas de mais de R$1.8 milhão. 

O então secretário de Assistência Social do governo Danúbia ainda recebia gratificação especial de desempenho (GED). Gratificações que são proibidas em razão do disposto no § 4° do art. 39 da Constituição Federal de 1988, com redação dada pela Emenda Constitucional n. 19 de 1988... Qualquer funcionário poderia receber tais gratificações, exceto secretários municipais. E, mesmo sabendo disso, não teve dignidade para devolver o dinheiro recebido ilegalmente. 

Fazendo par com seu xará, o fanfarrão Eduardo Braga parece querer limpar seu passado com água sanitária para tentar desfazer as manchas de sua participação no governo de Danúbia. O primeiro ato realmente ético do vereador deveria ser a devolução do dinheiro recebido ilegalmente quando ocupou a Secretaria de Assistência Social. Somente assim, essa fantasia de homem ético poderia ser levada a sério. 

DEVOLVE O DINHEIRO, BRAGA !!! 

Dr. Ernani Maia 
(Cirurgião-Dentista)

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