segunda-feira, 5 de maio de 2014

NEM NIETZSCHE EDUCAVA

“Torna-te quem tu és”, disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, no século XIX. Além das implicações filosóficas, o torna-te quem tu és, é um caminho para todas as potencialidades do ser humano. No final, acabamos sendo o que deveríamos ser. Não que tenhamos limites, mas que impomos nossos limites.

Confuso? Vou tentar esclarecer de uma maneira simples: em uma turma com vários alunos, que desfrutam dos mesmos professores, teoricamente todos deveriam ter condições de aprendizado semelhante, com conhecimento semelhante e chances equivalentes, mas os resultados, por muitas vezes, são completamente díspares. Alguns estudarão e outros não. Alguns assimilarão o conhecimento e outros não. Alguns terão sucesso acadêmico e outros não. No final da vida, não serão tudo que poderiam ser, mas tudo que buscaram ser. O mérito é pessoal. A falta também.

Continuando a falar de educação, o Brasil investe milhões em propaganda, onde mostra as maravilhas alcançadas pelo Governo Federal encabeçado pelo PT. Educação de adultos; escolas em tempo integral; ensino público competitivo, bolsas em faculdades e intercâmbio no exterior... Quer dizer: todos têm grandes oportunidades para desenvolver sua intelectualidade. Que maravilha... primeiro mundo, lá vamos nós!!!

Mas uma coisa me intriga: muitas pessoas que divulgam essa propaganda como quem recita um mantra, inclusive em nossa cidade, têm uma educação limitadíssima. Chegaram até a abandonar suas faculdades... Como assim? Com tanta educação disponível pelo governo, muitos cabos eleitorais não passam de analfabetos funcionais e desistentes? Casa de ferreiro, espeto de pau...

Das duas, uma: a propaganda governista é uma grande falácia para enganar os menos esclarecidos (que teoricamente não deveriam existir) ou, caso seja verdadeira, esses partidários terão que admitir que, mesmo com todas as oportunidades de uma boa formação acadêmica, mesmo com todo o empenho do governo em instruir seus cidadãos, eles não puderam escapar do seu destino: a mediocridade e a ignorância. Esses, nem o próprio Nietzsche conseguiria educar.

Dr. Ernani Maia. 
(Cirurgião-Dentista)

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