quinta-feira, 20 de março de 2014

CONCURSO: entre o soro e o veneno

Hoje, absolutamente tudo na cidade é motivo de questionamento e discórdia patrocinada pela oposição, que até ontem nunca havia visto nada de errado nas comprovadas maracutaias de Magno Bacelar e Danúbia Carneiro. O assunto em voga é novamente o concurso municipal.

As denúncias iniciam-se sempre com um “ouvi dizer”. Ouvi dizer que alguém tinha o gabarito. Ouvi dizer que o concurso é de fachada, e por aí vai. De concreto mesmo não existe nada até o momento. Isso não quer dizer que tais denúncias não devam ser averiguadas. Devem sim! Mas por pessoas competentes para isso, não por especuladores de internet que visam apenas tirar proveito político da situação.

Ora, já fiz muitos concursos na vida e escutei boatos desse tipo desde o meu primeiro vestibular. Para mim, isso soa como uma desculpa antecipada. Uma saída honrosa para quem não estudou o suficiente. É muito mais fácil achar um culpado para suas faltas que admitir que não estava bem preparado para o certame. 

A verdade é que algumas pessoas passam muito mais tempo em sala de bate-papo que em sala de aula. Passam mais tempo assistindo televisão que lendo um livro. Querem vagas ilimitadas para compensar o conhecimento limitado. Até mesmo ao reclamar do concurso, o fazem em um português pobre e repleto de erros. 

Então quer dizer que quem não passar é incompetente? Claro que não. Muitas pessoas de grande conhecimento poderão não obter êxito apenas porque naquele momento alguns concorrentes conseguiram melhores resultados. A concorrência hoje não é local, é global.

Todo concurso traz mais decepções que alegrias, haja vista que a quantidade de pessoas que o disputam é sempre muito maior que o número de vagas. Haverá sempre mais choro que riso. É a natureza do concurso. É a natureza da vida. 

Resta aos que não conseguirem a sonhada aprovação se debruçar nos livros e se preparar melhor para outros concursos que certamente virão – Municipal, Estadual e Federal -. Os que não conseguirem encontrar falhas na perfeição do seu conhecimento sempre terão alguém a culpar: o instituto, a prefeitura, o colégio, os pais, os professores... Cada um é livre para escolher entre o soro e o veneno. Boa sorte a todos!

Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)

sexta-feira, 14 de março de 2014

O ZUMBI DO MICHAEL JACKSON - por Diogo Rodrigues

Quem ainda não ouviu o atabalhoado pronunciamento de Juvemala, não perca a oportunidade. É melhor que um bom filme de comédia. Observarão uma figura caricata que inicia a fala com a célebre frase: ”Eu sou preto, pobre e analfabeto”, como se isso conferisse a ele algum tipo de atestado moral de honestidade. 

A pior pobreza não é a financeira, é a moral. É nessa pobreza moral que reside toda a riqueza do Juvemala. Quando participava de movimentos políticos, esse “ativista da corrupção” sempre achou um jeitinho de manter alguns privilégios em prejuízo da população mais carente. Que o diga os moradores do Canto do Ferreira. 

Juvemala anseia o prestígio e reconhecimento social. No afã de agradar, serve de menino de recados de um vereador que se beneficiava com gratificações ilegais e de um ex-técnico da saúde que pensa que o tempo sentado no banco de uma pizzaria substitui uma faculdade de Comunicação. Juvemala mente e corrompe a serviço de mentirosos e corruptos. 

No fundo, acho o Juvemala uma vítima. Não uma vítima social, mas uma vítima da própria ganância e mau-caratismo. Em uma tentativa patética de agregar respeito, ele ainda tenta se fantasiar de Ché Guevara, ícone da revolução Cubana. É hilário. 

Se Ché Guevara fosse vivo e olhasse essa figura de moral rasteira imitando sua vestimenta, certamente o enviaria para o pelotão de fuzilamento. Ou não. Talvez ele fugisse apavorado, pensando que Juvemala fosse o zumbi do Michael Jackson.

Diogo Rodrigues
poeta e acadêmico

quarta-feira, 12 de março de 2014

BANCO DO BRASIL E SUAS VÍTIMAS

O Banco do Brasil está uma porcaria! É um desrespeito com a população! O atendimento é péssimo! Tudo isso já foi dito nas redes sociais com bastante indignação, às vezes, com grande propriedade e na maioria das vezes, apenas repetições de senso comum - seguindo o rebanho -.

O que penso a respeito? Concordo com boa parte dos argumentos. O Banco do Brasil deveria, segundo sua filosofia: “Ser um banco competitivo e rentável, promover o desenvolvimento sustentável do Brasil e cumprir sua função pública com eficiência” mas tornou-se apenas um banco como tantos outros que visa lucro máximo com mínimo investimento.

Daí vem o problema. Apesar das altas taxas de juros e do lucro exorbitante, o Banco do Brasil não retribui ao correntista o conforto e eficiência que se espera de quem paga caro por um serviço. Agências pequenas. Máquinas obsoletas. Poucos funcionários. E isso não ocorre somente em Chapadinha. Essa situação é generalizada.

Mas as pessoas precisam de uma válvula de escape para tanta frustração... Então, resolvem se vingar e descontam sua irritação e fúria nos funcionários, taxando-os de preguiçosos, incompetentes e ineficientes, como tantas vezes já ouvi. 

Calma lá, não é bem assim. Muitos confundem o horário de atendimento de 6 horas com horário de trabalho, quando na realidade, os funcionários trabalham muito além do expediente de atendimento ao público.

Já imaginaram uma única agência com pouquíssimos funcionários para atender uma população de quase 90 mil pessoas? Tendo que trabalhar com máquinas que apresentam defeito constantemente? Em uma jornada exaustiva, estressante e de baixa remuneração?

Isso mesmo. Baixa remuneração! Os salários dos funcionários foram achatados ao longo dos anos, enquanto o Banco do Brasil lucrava bilhões. Um operador de caixa em 1970 receberia o triplo de um gerente hoje. Tudo isso graças a uma política draconiana que tem como maior responsável, o Governo Federal. O Banco é do Brasil, mas não é dos brasileiros.

Sei que as reclamações são mais que justas e pertinentes, mas antes de descontar as frustrações nos funcionários da agência, percebam que eles, tanto quanto vocês, são vítimas do Banco do Brasil.

Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)

segunda-feira, 10 de março de 2014

SOBRE COERÊNCIA, GRATIFICAÇÃO E COCA-COLA

Quando fiz um texto mostrando a venalidade dos argumentos de uma turminha do contra (veja aqui), Alexandre Pinheiro partiu em defesa do amiguinho Braga, dizendo que este sempre fora aliado de Sarney, já que não poderia refutar o restante da minha argumentação.


Pois bem, o blogueiro que também é um notório vira-casaca, pelo jeito está com a memória curta. Talvez seja efeito de algum erro médico: o cirurgião que operou seu estômago deve ter feito também uma lipoaspiração no cérebro por engano. Ou talvez alguém esteja repondo as gratificações polpudas que recebia de Magno Bacelar, como Técnico da Saúde (contracheque abaixo)


Eduardo Braga já se referiu a Sarney como “desmoralizável” e disse que ele fortalecia a “política pequena, feita na base do toma-lá-dá-cá, carguinho aqui, votinho acolá” (veja aqui). Depois do desmoralizante acordo do PMDB com o PT no Maranhão, Eduardo Braga que também era crítico de Magno Bacelar, passou a adorar os "homens do bigode".

Após essa virada radical, Braga abandonou a faculdade que fazia e veio assumir um “carguinho” em Chapadinha na base do “toma-lá-dá-cá” que ele deplorava. Coerente, não?. Além disso, ainda recebeu gratificações ilegais durante todo período que foi Secretário  Municipal (contracheque abaixo). Para o atual vereador Braga, melhor ficar sem instrução que sem gratificação. Um péssimo exemplo em um país que pouco valoriza a educação.


Esse mestre da metamorfose deixou de ser uma lagartinha esquecida na política para se transformar na borboleta colorida da Assistência Social. Ficou tão entusiasmado com a dupla Sarney/Magno que até pensou em aderir à moda do bigodão, mas desistiu ao perceber que ficaria mais parecido com Freddie Mercury que com Charles Bronson. 

Alexandre Pinheiro e EduardoBraga que também defendiam Magno Bacelar e Danúbia Carneiro enquanto ganhavam, respectivamente, gordas e ilegais gratificações, hoje já se voltaram contra eles por não obterem mais nenhuma vantagem. Tiveram Almir Moreira como grande símbolo de competência jurídica e hoje o ridicularizam por não fazer mais parte da panelinha do Baleco. Perceberam como essa corja muda de opinião de acordo com suas conveniências?

E no futuro, quando esse papo furado não garantir o sustento? Como sobreviverá Eduardo Braga sem um cargo público? E Alexandre Pinheiro? Bom, acredito que Alexandre se saia bem melhor, pois com toda experiência adquirida como Técnico da Saúde, ele ainda pode dar palestras de auto-ajuda mostrando os malefícios de uma dieta a base de pizza e coca-cola.

Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)

sexta-feira, 7 de março de 2014

CABEÇAS-OCAS E SEUS ARGUMENTOS SUICIDAS

Alguns acontecimentos merecem maior reflexão. Foi noticiado pela mídia local que o vereador Eduardo Sá vai deixar a Câmara Municipal de Chapadinha e assumir um cargo no Governo de Roseana Sarney. 

Logo depois, Eduardo Braga (aquele que recebia gratificações ilegais quando secretário de Assistência Social), Alexandre Pinheiro (ex-técnico da saúde de Danúbia) e outras figurinhas que se dizem éticas na cidade se desdobraram em elogios: Boa sorte... Você merece... Sucesso na empreitada...

Quando li, eu pensei: Não acredito! Não são essas mesmas pessoas que demonizam diuturnamente a família Sarney? Que dizem que foi justamente sob o mando da família que o Maranhão se tornou o Estado mais pobre da federação e que é o governo mais corrupto do Brasil?

Eduardo Sá vai trabalhar para a governadora Roseana Sarney, a pedido de Magno Bacelar, que também já foi condenado por vários atos de corrupção e passa a receber elogios dos críticos locais da oligarquia? Como pode haver lógica nessa argumentação? É o mesmo que um judeu apoiar o nazismo. Na retórica greco-latina, isso chamava-se “argumento suicida”.

Esses “suicidas locais” também foram grandes combatentes de Isaías Fortes, mas agora só o chamam de líder e não deixam de curtir, no facebook, todos os comentários do vereador Marcelo Meneses, a quem taxavam de ignorante e agressivo. Um caso de amor tardio? Claro que não! Hoje, Isaías e Marcelo servem a seus propósitos. Amanhã, poderão estar sendo tratados como antes. É apenas uma questão de conveniência...

Como se vê, não existe por parte dessas pessoas, nenhum projeto político em benefício da população, como alardeiam. Existe apenas um projeto de poder. A incompetência os fez depender da política e a ignorância inutilizou um futuro como profissionais. Se fizermos um Raio-X, a verdade de cada um deles passa pelo bolso faminto e pela cabeça-oca.

Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)

quarta-feira, 5 de março de 2014

CARNAVAL EM CHAPADINHA

Show de Ivandro Coêlho- fonte: blog do William Fernandes
E o carnaval? Confesso que pouco saí para aproveitar a festa na rua. A idade diminuiu meu ímpeto para a folia e costumo aproveitar o carnaval na companhia de amigos, um bom papo e um churrasco regado a cerveja.

Mesmo assim, ainda prestigiei o evento na praça na noite de sexta-feira, quando cantou meu amigo Ivandro Coêlho. Antes de iniciar o show, tive a oportunidade de conversar com integrantes da banda e descobri entre elas, tocando guitarras e atabaques, pessoas humildes da nossa cidade. Anônimos a maior parte do tempo, tornaram-se astros no carnaval. Isso sim, é a democratização da folia, não aquele carnaval enlatado da Bahia, que há muito deixou de ser popular pelo valor astronômico de suas bandas.

Essa turma local animou a praça e não deixou nada a dever aos grupos maiores. Soube que a cantora Cecília Barros também empolgou a multidão. Em outra incursão, saí no “Bloco dos Quiabos”, idealizado por Herbert Lago e composto por artistas locais, dentre eles, os amigos Renardo Almeida e Casagrande. Achei tudo muito contagiante e soube do restante dos dias pelo depoimento de familiares e pessoas que participaram da festa.

Ao ler algumas notícias vinculadas por blogs políticos, tive a impressão que falavam de outro carnaval. Para eles, nada prestou e ninguém foi às ruas. Será? Será que a multidão que foi à praça do povo estava lá para protestar? As fotos tiradas do local foram manipuladas? Os depoimentos foram comprados? 

Quando vejo a foto de uma praça lotada com milhares de pessoas assistindo a um show e leio o depoimento de alguém que é ressentido com a prefeitura dizendo que tudo foi ruim, em quem devo acreditar? E você, que esteve na praça, em quem acreditará?

A verdade é que tudo é politizado na cidade e a turminha que festejava com dinheiro público nos governos anteriores sempre vai reclamar. Se a prefeitura contratasse Chiclete com Banana, diriam que era um absurdo se gastar tanto com uma banda e que deveria valorizar os artistas locais. Se prestigia os artistas locais e contrata bandas mais modestas, dizem que é muita mesquinharia e que o melhor seria contratar Chiclete com Banana. Quem vai entender?

E são sempre as mesmas figuras a reclamar. Tudo é tão artificial, repetitivo e exaustivo que tornaram-se chatos e enfadonhos. Se queima uma lâmpada, a notícia é que a cidade está no escuro. Se falta uma vacina, a notícia é que estamos às portas de uma epidemia. Depois de uma ou outra matéria de cunho escandaloso, uma legião de ressentidos que perdeu as benesses do poder e outra que são financiados pelos anteriores, tenta convencer a população de que o que falam é a mais pura realidade.

Como diria Olavo de Carvalho: “a canalhice é a ciência mais avançada do mundo atual e seu resultado é a multiplicação de idiotas que jamais se dão conta de sê-lo”, e que “os pequenos canalhas se aproveitam da idiotice pronta, os grandes a fabricam”. Para não pertencermos a esse grupo de canalhas e idiotas devemos enxergam além da manipulação que nos é oferecida mastigadinha. Uma pequena olhada na foto da praça do povo no carnaval já seria um bom começo.

Se o carnaval não teve trios monumentais com cordão de isolamento e abadás caríssimos, isso não é culpa da prefeita. Cabe à prefeitura fazer um carnaval democrático e acessível a todos –pobres e ricos- E isso aconteceu! Se não esteve à altura dos elogios de uma oposição que costumava fazer folia com dinheiro público, melhor ainda!
                                                                                                                              
Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)



Ivo Brown - fonte: Adorildo Japa




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